“Não podemos falar de reajuste salarial sem antes organizar a casa. Primeiro há que sanar esta situação, respeitando o princípio de ‘para trabalho igual, salário igual’. Entretanto, a Nestlé se manteve fechada ao diálogo”, disse Peña.
O dirigente sindical explicou que a transnacional suíça não só não está disposta a dar este passo, como também apresentou uma proposta de reajuste salarial que apenas cobre a inflação subjacente registrada na Nicarágua.
“De maneira muito responsável, estamos reduzindo a nossa proposta inicial. Infelizmente, a Prolacsa não quer oferecer mais que uns míseros 5,6 por cento”, insistiu Peña.
De acordo com o secretário geral do SINPROLAC, o chefe negociador da Prolacsa, o sr Raúl Sartí Maldonado, que também é gerente regional das Relações Trabalhistas da Nestlé, garantiu que a proposta responde às orientações recebidas da Nestlé Centro-América no Panamá.
Em uma tentativa de desemperrar a negociação, a comissão sindical apresentou para a direção da Nestlé uma nova proposta, que será analisada em breve pela sucursal da empresa da empresa na América Central.
Diante desta situação, as partes decidiram recomeçar com as reuniões a partir da terceira semana de fevereiro próximo.
“A situação é complicada e a Nestlé está inacessível. Por sorte, contamos com o apoio incondicional da nossa base e das organizações internacionais, como a Federação Latino-Americana dos Trabalhadores da Nestlé (Felatran) e a UITA, que certamente nos oferecerão toda a sua solidariedade”, concluiu Peña.
Tradução: Luciana Gaffrée