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Dedicação e luta das mulheres pela Agroecologia
Em Brasília,
Brasil
MULHER
Dedicação e luta das mulheres
pela Agroecologia
Preservação do meio ambiente, das nascentes, o combate ao uso de agrotóxicos e de queimadas
agricultura-familiar-610
A Marcha das Margaridas 2011 trouxe o eixo Terra, Água e Agroecologia em sua plataforma política por entender que o acesso aos bens da natureza, especialmente a terra e a água, bem como o direito de decidir sobre o que produzir e como produzir, são fundamentais ao desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade.
Hoje, como resultado desta luta, o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) está sendo implementado.

E, no Ano Internacional da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena (AIAF/CI), é importante refletir sobre esse modo de produção e os seus benefícios para quem produz e para toda a sociedade.

As práticas agroecológicas já integram uma trajetória significativa no país, embora ainda em estado incipiente de visibilidade e consolidação econômica, técnica e cultural para se afirmarem como base orientadora de um novo modelo de desenvolvimento sustentável para o país.

O AIAF/CI tem como um dos focos promover um intenso debate com a sociedade sobre o padrão de consumo e a produção de alimentos sadios. E, tradicionalmente, as mulheres desenvolvem experiências de produção nos quintais e arredores da casa, para compatibilizar com os trabalhos domésticos e de cuidados, que ficam sob sua responsabilidade.

São várias as experiências exitosas, como as das Caravanas Agroecológicas, do Polo da Borborema, as ações realizadas pelo STTR de Apodi/RN, entre outras.

A agricultora familiar Maria Ednalva Ribeiro da Silva, do município de Axixá do Tocantins, na região do Bico do Papagaio/TO, participou da Caravana Agroecológica no seu estado.

Segundo a agricultora, há quase 10 anos a entidade Alternativa para a Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO) também tem incentivado a prática da agroecologia na região. É trabalhada a preservação do meio ambiente e das nascentes, o combate ao uso de agrotóxicos e de queimadas.

“Quase não temos árvore no Bico do Papagaio. O que tem é o babaçu. Então, nós o preservamos e tiramos dele somente o que precisa, como a palha e o talo para cobrir as casas, já que poucos têm condições de construir uma casa de alvenaria.”

Agora, para Ednalva, além de contribuir com o meio ambiente, um dos grandes benefícios de praticar a Agroecologia é ver o retorno da água.

“Antes de começarmos a preservar não tínhamos água em nenhum córrego. Depois, com a preservação das nascentes, as águas que já haviam sumido há cinco anos voltaram.

Já faz uns dois anos que não seca. Esse é um ganho muito importante.”
 
Rel-UITA
21 de abril de 2014
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