20130214 agricultura

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A Rel-UITA, o WRM e a CONTAG se reúnem em Montevidéu
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PLANTAÇÕES
A Rel-UITA, o WRM e a CONTAG se reúnem em Montevidéu

As plantações em larga escala não são florestas
E as florestas são defendidas por muitos


Na sexta-feira passada, 12 de julho, a sede da Regional Latino-americana da UITA foi ponto de encontro para o Movimento de Defesa das Florestas Tropicais (WRM, na sua sigla em inglês), a Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), do Brasil, e a União dos Trabalhadores Rurais e Afins do Sul do País (UTRASURPA), do Uruguai. Na ocasião foram analisadas a problemática e os desafios trazidos pelas plantações de árvores exóticas em larga escala no Sul do nosso continente.
Participaram da reunião Winfridus Overbeek e Lizzie Díaz, respectivamente coordenador internacional e integrante do Secretariado Internacional do WRM; Germán González, secretário geral da UTRASURPA; Carlos Eduardo Chaves Silva (Cadu), assessor da Secretaria de Assalariados Rurais da CONTAG, e Junior César Dias, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que coordena um projeto de pesquisa com a referida Confederação, bem como o autor desta matéria.
 
A aliança entre a Rel-UITA e o WRM nasceu de forma natural, depois de nos encontrarmos frequentemente nas mesmas tribunas de reflexão e de ação.
 
Na XII Conferência Regional Latino-americana da UITA, na Argentina (outubro de 2000), foi emitida uma primeira resolução* na qual o Comitê Executivo Latino-americano esclarecia a sua posição sobre as plantações e manifestava sua plena disposição de “aprofundar a coordenação e a aliança com o WRM, nas áreas de pesquisa, sensibilização e denúncia pública sobre os impactos negativos em termos ambientais, sociais e econômicos, vinculados às plantações florestais em nossa região”.  
 
Posteriormente, no âmbito da XIII Conferência Regional Latino-americana da UITA, realizada na República Dominicana (outubro de 2006), assinamos um Convênio de cooperação com o WRM, comprometendo-nos a colaborar mutuamente visando desenvolver atividades nas áreas de:
 
  • Defesa das florestas tropicais e denúncia dos interesses e ações que as afetam negativamente, ameaçando-as a existência.

  • Defesa e apoio para as populações originárias e autóctones destas regiões.

  • Criação e implementação de campanhas conjuntas de sensibilização e denúncia de desmatamento, dos impactos das monoculturas florestais em grande escala, bem como a expulsão de populações autóctones e de comunidades de agricultura familiar.
 
As pedras andando se juntam
 
Em todos estes anos a Rel-UITA e o WRM coordenaram trabalhos no Uruguai, na Colômbia, e especialmente em Honduras, depois do golpe de Estado em 2009, e na zona de expansão do dendê no Baixo Aguán. Além disso, foram editadas, conjuntamente, várias publicações e um vasto número de artigos.
 
Recentemente, ambas as organizações participaram da greve dos trabalhadores da Veracel Celulose S/A, no sul do estado da Bahia, uma empresa associada às transnacionais Fibria e Stora Enso. A greve, concluída com sucesso e sob o comando do Sindicato e da Federação locais, contou com o amplo apoio da CONTAG.
 
Em recente reunião em Montevidéu, o WRM, a CONTAG e a Rel-UITA decidiram realizar um seminário na Bahia, Brasil, para abordar a problemática das plantações em grande escala e a situação específica de precariedade das condições de trabalho na Veracel Celulose.
 
O duende de Ricardo Carrere
 
Winfridus Overbeek conhecia a Rel-UITA pelos comentários - exageradamenteelogiosos – de Ricardo, que havia sido coordenador internacional do WRM entre 1996 e 2010. Antes de seu falecimento em 2011, a última atividade que compartilhamos foi em junho deste ano, quando foi constituído o Comitê Uruguaio de Solidariedade com o Povo de Honduras.
 
Tenho a convicção de que, nesta nova oportunidade de intercambio e de coordenação, todos tivemos a grata satisfação de sentir que Ricardo celebrava com entusiasmo o nosso encontro e o planejamento de novas ações, definitivamente, a melhor forma de honrar a vida e a luta deste memorável e querido amigo e companheiro, que nunca deixará de estar aqui conosco.
 
 
Rel-UITA
29 de julio de 2013
wrm-1-1 wrm-2-1 wrm-3-1 wrm-4-1
 
Resolución sobre
Monocultivos Forestales
Considerando:
  • El avance de los monocultivos forestales de rápido crecimiento a gran escala en varios países de nuestra región;

  • que estos monocultivos industriales de árboles se transforman en un espacio de pérdida de biodiversidad, desequilibrios ecológicos y una multiplicidad de impactos ambientales negativos;

  • que esos impactos ambientales son, al mismo tiempo, impactos sociales;

  • que en muchos lugares las plantaciones forestales han provocado el desplazamiento de comunidades, el aniquilamiento de valiosos ecosistemas nativos y han incrementado la inequidad en la tenencia de la tierra;

  • que se planea asignar a las plantaciones forestales en el Sur, el papel de ayudar a los países industrializados a cumplir con los compromisos que asumieron en materia de reducción de emisiones de gases de efecto invernadero bajo el Protocolo de Kyoto del Convenio Marco de Naciones Unidas sobre Cambio Climático;

  • que las plantaciones forestales han generado desempleo en comparación con las actividades que se desarrollaban anteriormente en esas tierras, y que según estudios realizados en Brasil, las plantaciones de eucalipto generan un puesto de trabajo cada 60 hectáreas, mientras la agricultura de pequeña escala trabaja promedio una persona cada cinco hectáreas;

  • teniendo en cuenta que, cada hectárea destinada al monocultivo forestal es una hectárea menos para la producción de alimentos.

Resuelve:

 

  1. Apoyar el movimiento de resistencia al modelo forestal en gran escala, identificado como los desiertos verdes.

  2. Apoyar los esfuerzos a nivel regional e internacional para abordar el cambio climático, en especial a través de la conservación de la energía, la reducción del consumo, el uso más equitativo de los recursos, el desarrollo equitativo y compartido de fuentes renovables de energía.

  3. Profundizar la coordinación y alianza con el Movimiento Mundial por los Bosques Tropicales (WRM), en las áreas de investigación, sensibilización y denuncia pública de los impactos negativos en lo ambiental, social y económico, que comportan las plantaciones forestales en nuestra región.

                 

Los Cocos, Argentina, octubre de 2000

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