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Trabalhadores debatem problemas que enfrentam na Nestlé
Imprensa FETIASP
Brasil
NESTLÉ
Trabalhadores debatem problemas
que enfrentam na Nestlé
Relatório será entregue a direção mundial  
da indústria em outubro, em Vevey, na Suíça
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Os sindicalistas da indústria da alimentação do Brasil e do Chile que possuem fábricas da Nestlé em suas bases se reuniram no dia 17, na sede da Federação de Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo (Fetiasp), para fazer um levantamento sobre a situação dos trabalhadores da empresa na América Latina.
“Faremos um relatório que será entregue à direção da empresa na reunião anual entre as partes, que ocorrerá  em 27 e 28 outubro, em Vevey, na Suíça”, disse Melquíades de Araújo, presidente da Fetiasp e da Felatran (Federação Latino-Americana de Trabalhadores da Nestlé).
 
“Nestas reuniões não se discute salários ou hora-extra, etc…Os debates giram em torno de problemas sociais que os trabalhadores enfrentam e de temas como saúde, segurança, rotatividade, terceirização e precaridade no trabalho, entre outros”, informa Araújo.
 
Neste ano, o tema em destaque será a situação dos trabalhadores com LER/DORT, especialmente em Araras, onde a Nestlé tem duas unidades.
 
Elio Ramos Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação de Araras, informou que no município existem duas unidades, a DPA (fábrica de iogurte) e a Nestlé Brasil (produtora da chamada linha seca, fabricando produtos como Nescafé).
 
Costa explicou que os trabalhadores lesionados temem ser demitidos. Em caso de um acidente simples, eles ficam 15 dias em uma salinha (sem trabalhar em suas funções) para se recuperar, mas não recorrem à Previdência e, portanto, não entram nas estatísticas oficiais de acidentes de trabalho.
 
“Muitos ficam com a lesão e depois de três ou quatro meses são demitidos e não têm como comprovar a doença porque não tiveram a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho)”, observou Costa.
 
“Temos que saber a extensão do problema”, resaltou Araújo. Queremos saber o que a Nestlé tem feito com os lesionados? Onde estão estas pessoas? Quantos são? Queremos estas respostas e faremos uma investigação”, declarou o presidente da Fetiasp.
 
“No geral, diz ele, a relação com a Nestlé melhorou. A comunicação da empresa com os trabalhadores foi aprimorada. Só precisamos apurar as denúncias sobre os trabalhadores prejudicados com as LER/DORT”, conclui.
 
Participaram da reunião em São Paulo, dirigentes, representando unidades da Nestlé de todo Brasil, Gerardo Iglesias, secretário da Regional Latino-Americana da União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (UITA), e Jorge de La Fuente Celis, do Chile
  
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Imprensa FETIASP
23 de setembro de 2014

Fotos: Antonio Vitor y Gerardo Iglesias