
Segundo o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, as dificuldades encontradas nas negociações de 2015 motivaram a articulação. “Precisamos desenvolver uma campanha permanente para não só garantir o emprego dos trabalhadores, mas evitar que sejam reduzidos os postos de trabalho”, disse.
Participaram do evento sindicatos e federações de todo o país. O encontro lançou a Campanha Nacional de Mobilização e Ação para as Negociações em 2016 – “Contra a demissão e redução salarial, pela reposição integral da inflação com aumento real, manutenção e melhoria dos benefícios, pela segurança e saúde dos trabalhadores”.
A tônica dos debates envolveu a indagação: “Quem são os culpados pela crise atual?”. A classe trabalhadora não tem culpa e não pode pagar esta conta. A responsabilidade é dos que foram eleitos, e daqueles que financiaram suas campanhas eleitorais.
Entre as resoluções da Campanha Nacional, os sindicatos presentes se dispuseram ao diálogo, para busca de alternativas, com as empresas que tiverem a necessidade de reduzir postos de trabalho – mas sem aceitar a imposição de demissões arbitrárias. Além disso, assinalaram como meta inegociável a melhoria da segurança nos postos de trabalho em 2016.
A unificação das datas-bases e pautas de reivindicações nos Estados foi outro tema debatido, bem como a recusa de negociações que ultrapassem um ano de vigência. Os sindicalistas ainda criticaram a ideia do governo de liberar o dinheiro da multa do FGTS para a concessão de crédito consignado.
