Nesse Dia de resistência e luta, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) também cruza os braços e orienta suas Federações e Sindicatos filiados para participarem ativamente da Greve Geral!
O nosso país, devido a nossa grande população, diversidade e riqueza de bens comuns como água, minérios, biodiversidade, biomas, terras agricultáveis, e mais recentemente, dos avanços em petróleo e gás a partir do pré- sal virou um dos alvos prioritários do capital nacional e internacional para a desregulamentação do poder fiscalizador e de salvaguarda da soberania nacional pelo Estado, conforme previsto na Constituição Federal.
Como parte desse processo de reacomodação do capital internacional em busca de novos e maiores lucros sem “riscos ou maiores custos”, tem investido em frustrar os dispositivos democráticos, reduzir o papel regulador e indutor do Estado no desenvolvimento econômico e social, bem como do papel soberano da sociedade em construir, gerir e fiscalizar as políticas públicas implementadas pelo Estado por meio da redução e extinção de conselhos, fóruns, comitês e outros espaços nos quais a sociedade garantia a sua participação.
As elites internacionais estão operando por meio de grandes empresas públicas e privadas apropriando-se do Governo e do Parlamento brasileiro para transformar os direitos das e dos trabalhadores em direitos do capital.
Desse modo, lançam-se contra os direitos da classe trabalhadora e, em particular, dos trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares, como ficou evidente com a proposta de reforma da previdência (a PEC 06/2019 e MP 871/2019) e tentativa de criminalização das entidades sindicais e movimentos sociais.
Diante desse cenário, é muito importante a participação articulada de todo o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadores Rurais (MSTTR) com as entidades rurais e urbanas, na Greve Geral de 14 de junho.
“Vamos à greve pela previdência social, saúde, educação, emprego, investimentos sociais e respeito às entidades sindicais e sua história de luta por direitos, justiça social, cidadania, desenvolvimento sustentável, soberania nacional, vida saudável e feliz para todos os brasileiros e brasileiras”, Aristides Santos, presidente da CONTAG.