AGRICULTURA

Mobilização nacional contra perda de direitos dos agricultores

Trabalhadores rurais do Brasil ligados à Contag e suas 27 Federações realizam manifestações em todos os estados e Distrito Federal na manhã desta quinta-feira.

Mobilização nacional contra perda de direitos dos agricultores
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Carlos Joel da Silva mostra no mapa as mobilizações pelo RS | Foto: Luiz Boaz/Fetag-RS
Trabalhadores rurais do Brasil ligados à Contag e suas 27 Federações realizam manifestações em todos os estados e Distrito Federal na manhã desta quinta-feira, dia 16.
Contrários à proposta de reforma da Previdência Social, que prevê a elevação da idade de homens e mulheres do meio rural para 65 anos. Hoje é 55 para a mulher e 60 ao homem.

No Rio Grande do Sul, a Fetag está organizando ações em cinco municípios: Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria, Ijuí e Passo Fundo.

O foco principal da ação é a Previdência Social, mas também ocorrerão protestos contra a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a parada no setor de habitação rural.

Além de atos junto às Gerências Executivas do INSS, não estão descartadas ações em agências da Caixa Econômica Federal e do governo federal ligado à agricultura.

O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, disse que as mobilizações representam a continuidade do Grito da Terra Brasil e devem participar pelo menos mil pessoas em cada cidade.

«Não aceitamos a perda de direitos adquiridos pelos agricultores familiares em todo o País. Também lutamos pela volta do MDA e a retomada do Programa de Habitação Rural, que hoje está parado e é imprescindível para a qualidade de vida no campo», justifica.

Em todos os locais será entregue um documento às Gerências Executivas do INSS (Santa Maria, Caxias do Sul, Passo Fundo, Ijuí e Pelotas), que contém a importância da agricultura familiar e de sua aposentadoria para a manutenção das famílias no meio rural.

«Queremos acabar com a ideia de que o agricultor não contribui para a Previdência Social, uma vez que ele não apenas paga a previdência e ainda trabalha em média 40 a 45 anos de contribuição. E depois se aposenta com um miserável salário mínimo», observa.

O dirigente adverte que as manifestações não acabam amanhã. «O movimento sindical está mobilizado permanentemente junto aos deputados e senadores trabalhando todas essas questões, em especial no que diz respeito a conscientização e esclarecimento da forma como o agricultor contribui», enfatiza.

Nos cinco municípios, a concentração vai ocorrer na área central da cidade a partir das 8h.

Uma assembleia com os agricultores definirá as ações ao longo do dia em cada uma delas.

Fetag-RS