SINDICATOS

Greve por tempo indeterminado na Veracel

A transnacional de florestamento e reflorestamento se nega a negociar salário e melhores condições de trabalho em sua fábrica localizada no sul da Bahia.

Com Antonio Ribeiro
Greve por tempo indeterminado na Veracel
A transnacional de florestamento e reflorestamento se nega a negociar salário e melhores condições de trabalho em sua fábrica localizada no sul da Bahia.

 

A transnacional da celulose nega-se a negociar salário e melhores condições de trabalho em sua fábrica localizada no sul da Bahia.
 
Ao sul do estado brasileiro da Bahia, a uns 45 quilômetros da costa oceânica, na divisa entre os municípios de Eunápolis e Belmonte, está localizada a fábrica de celulose da empresa Veracel, uma sociedade em partes iguais do grupo sueco-finlandês Stora Enso e a Fibria  (Aracruz) do Brasil, que dirige hoje um dos maiores projetos de plantação e industrialização de eucaliptos do mundo.
 
Atualmente, a Veracel produz 1 milhão de toneladas de celulose por ano.
 
Ontem, dia 18 de março, os trabalhadores e trabalhadoras da fábrica começaram uma greve por tempo indeterminado, diante do estancamento da negociação salarial do período 2012-2013.
 
Antônio Inácio Ribeiro, secretário da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Estado da Bahia (Fetag-BA), em diálogo com A Rel explicou que o início da negociação coletiva foi no dia 1 de novembro de 2012, e que desde essa data a Veracel ainda não apresentara nenhuma proposta satisfatória visando a dar uma solução à realidade dos trabalhadores que se desempenham na colheita do eucalipto.
 
“Estes trabalhadores são operários qualificados, operam máquinas de primeira linha e a Veracel está lhes oferecendo um aumento salarial de 5,99 por cento, cifra baseada na inflação do terceiro trimestre de 2012”, afirmou o dirigente.
 
Os trabalhadores reivindicam um aumento de 12 por cento sobre o salário atual; bem como um aumento da cesta básica e um piso salarial de 750 reais para a categoria.  
 
De acordo com Ribeiro, a greve contou com 100 por cento de adesão. “Agora, estamos esperando a empresa dar sinais de boa vontade, já que na reunião de segunda, 18 de março, a única coisa que fizeram foi confirmar a proposta inicial de um aumento de menos de 6 por cento”, concluiu.
  

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