Veracel e suas aliadas, a brasileira Fibria e a sueco-finlandesa Stora Enso, entraram ontem com uma ação contra o Sindicato, tentando criminalizar a medida de força e que a justiça declare ilegal a greve.
Em diálogo com A Rel, Antônio Inácio Ribeiro, secretário da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Bahia (Fetag-BA), organização que representa os trabalhadores da fábrica da Veracel Celulosa SA em Eunápolis, declarou que os trabalhadores continuam em greve e permanecem em um plantão de protesto em frente à fábrica.
“Apesar de a empresa ter utilizado o ardil de não enviar o transporte dos operários até a fábrica, nós conseguimos trazê-los e permanecemos pacificamente acampados como forma de pressão, até a Veracel sentar a negociar de boa fé com o Sindicato”, assinalou o dirigente.
Com relação à decisão da empresa de apresentar uma ação judicial, Ribeiro afirmou que “felizmente a Fetag-BA atuou rapidamente e contestou a ação judicial.
Devido a esta nossa rápida intervenção, a transnacional transferiu qualquer nova medida, a ser tomada pela gerência, para a sua sede central no Rio de Janeiro.
Esta tarde a gerência convocou uma nova reunião onde esperamos chegar a um pré-acordo e evitar a via judicial”, concluiu.
