Diante do fechamento das engarrafadoras e da demissão de mais de mil trabalhadores
FITAG UGT exige um acordo com a Coca Cola
Recentemente, a Coca Cola Iberian Patners comunicou a intenção de fazer um corte em sua folha de pagamento, o que afetaria cerca de 1.200 funcionários das sete engarrafadoras existentes no país, alegando um excesso de empregados na empresa. A Federação da Indústria dos Trabalhadores Agrários da UGT (FITAG UGT) está negociando um acordo com a transnacional que não implique demissões nem fechamentos de instalações.
Com a reunião realizada em 22 de janeiro, começou um período de consultas de 30 dias, prazo que a FITAG UGT possui para convencer a companhia de retirar o expediente e evitar os fechamentos, já que a Iberian Partners não está no vermelho.
Evitando a aplicação de um expediente de regulação de emprego (ERE), a FITAG UGT espera que a empresa trate o excedente que tiver de uma maneira lógica, sem consequências dramáticas para os trabalhadores e as trabalhadoras atingidos, nem para as suas famílias e ambiente.
É a obrigação moral e o compromisso que a UGT tem com os trabalhadores nesses momentos econômicos difíceis.
Em que pese a empresa, até hoje, não ter fornecido qualquer nova informação, sabemos que a Iberian Patners planeja fechar as instalações de Asturias, Baleares, Madrid e Alicante, e que contabiliza um excedente de 1.200 empregados que seriam prejudicados pelo ERE.
A FITAG UGT se opõe a qualquer solução que gere demissões e, para lutar contra isso, levou ao Serviço Interconfederal de Mediação e Arbitragem (SIMA) o conflito coletivo e, junto com o restante das forças sindicais, iniciou um processo de mobilização.
No momento estão sendo planejadas greves de dois dias por semana, em todas as instalações, durante o tempo que durar a negociação, junto com diversas manifestações e concentrações, que poderão terminar em uma grande manifestação em Madrid na última semana.
A FITAG UGT ainda está trabalhando sobre o calendário de mobilizações de forma conjunta com os outros sindicatos.
Para a UGT, todos estes protestos visam unicamente a chegar a um acordo com a Coca Cola Iberian Partners, sem trabalhadoras e trabalhadores demitidos, nem engarrafadoras fechadas.