O conflito se intensifica
Com Luis Alberto dos Santoss
A greve continuará até que surjam novas propostas
O conflito se intensifica
Trabalhadores e trabalhadoras dos setores de hotelaria e de gastronomia de Curitiba permanecem em greve e mobilizados já faz uma semana. Reivindicam melhorias salariais e sociais de acordo com os lucros produzidos pelo setor. A patronal vem fazendo vista grossa às reivindicações e, por isso, o conflito poderá se prolongar e passar para a órbita do Ministério do Trabalho.
“Estamos aguardando até amanhã, 10 de dezembro, quando o patronal se reunirá para analisar a situação e avaliar uma nova proposta”, informou a A Rel Luís Alberto dos Santos, presidente do SINDEHOTEIS de Curitiba.
O dirigente disse também que, se a patronal oferecer algo que chegue perto do reivindicado pelos trabalhadores do setor, certamente haverá acordo, do contrário o conflito se prolongará e passará para a esfera do Ministério Público do Trabalho que será o encarregado de definir o percentual do aumento salarial para o setor HRCT.
“Os trabalhadores e trabalhadoras do setor reivindicam um piso salarial de 930 reais; uma cesta básica de 200 reais; vale alimentação de 20 reais diários e transporte gratuito.
Além disso, pedem um aumento salarial de 10 por cento para todos os trabalhadores e 2 por cento de aumento por cada ano de antiguidade no trabalho”, indicou Luís Alberto.
Até a última rodada de negociações, realizada na semana passada, a patronal ofereceu um piso salarial de 898 reais (387dólares), o que significa um aumento de apenas 9 reais, um percentual de 6 por cento (IPC anual).
“Isto se os trabalhadores também aceitarem a implementação de um Banco de Horas* e jornadas de trabalho em um regime de 12×36, que nada mais é do que trabalhar 12 horas e descansar 36, implicando um sistema de rotação muito desvantajoso para os trabalhadores. Se não aceitarmos isso –continuou– o piso salarial que oferecem é de 860 reais.”
Segundo o dirigente, espera-se que o empresariado reflita e ofereça algo mais próximo ao que os trabalhadores reivindicam.
“Se não houver acordo, tudo ficará nas mãos do Ministério Público de Trabalho, onde esperamos que o que for resolvido seja favorável aos trabalhadores”, concluiu.
Foto: SINDEHOTEIS