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AmBev deixará 250 trabalhadores na rua

Trabalhadores fazem manifestação em frente ao Ministério

Anunciadas demissões coletivas
AmBev deixará
250 trabalhadores na rua
Trabalhadores fazem manifestação em frente ao Ministério
A fabricante de cervejas anunciou demissões coletivas que poderiam atingir 250 trabalhadores. Para denunciar a improcedência da medida, os filiados ao Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Vendas da Companhia Cervejeira AmBev Peru marcharam até ao Ministério de Trabalho.
Portando cartazes e gritando slogans de “não às demissões na AmBev”, “A demissão coletiva é ilegal”,  os filiados ao Sindicato realizaram, na quinta 17 de outubro, um plantão diante da sede do Ministério do Trabalho exigindo serem ouvidos e receberem soluções para suas reivindicações. Santiago Tapia, um dos manifestantes, conversou com A Rel.

-Por que vocês se mobilizaram?
-Viemos até o Ministério do Trabalho porque a empresa anunciou a demissão coletiva. Mais de 250 trabalhadores poderiam ficar sem trabalho e nossas famílias sem sustento.

— O que vocês esperam das autoridades do Ministério do Trabalho?
-Que atendam as nossas reivindicações, que não se esqueçam de que temos direitos e que são eles os que devem fazer com que nossos direitos sejam respeitados.

-Você sabe por que a empresa tomou essa decisão?
-Disseram que não estavam obtendo lucro suficiente, que estão no vermelho desde 2003.

-Há quanto tempo você trabalha na AmBev?    
-Há 10 anos. Comecei na fábrica quando tinha 24 anos e agora, depois de todo esse tempo, a empresa quer nos jogar fora.

Eles não se importam com a gente, nem com as nossas famílias.

-Nestes 10 anos de trabalho na AmBev vocês perceberam que a produção sofreu uma redução, que a empresa está em crise?
-Não, e inclusive fomos informados de que, em breve, vão lançar um novo produto, que estão trabalhando em um novo projeto. Para nós não há dinheiro, mas para outras coisas sim.
 
A desídia da AmBev
 
Para Gilmer González Espinoza, operador de empilhadeiras, a direção deve saber que os trabalhadores rejeitam a demissão coletiva.
-Desde quando você trabalha na AmBev?
-Há dez anos.

-Por que você participa deste plantão?
-Porque não concordo com o tratamento que recebemos da empresa, que quer impor uma demissão coletiva, uma atitude que me deixaria nas ruas, não só eu ficarei na rua, mas toda a minha família.

-Quais outras medidas vocês irão tomar?
-Nós trabalhadores iremos às ruas para exigir nossos direitos. Exigiremos da direção da empresa que nos respeite. Não é justa a atitude da AmBev.  

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Fotos: Julia Vicuña Yacarine