“O Departamento da Mulher do Sintrainagro, na sexta-feira, 8 de março, em Apartadó, realizou uma atividade que contou com a participação de aproximadamente 200 trabalhadoras, debatendo temas como violência, discriminação, diferença salarial e assédio”, disse.
“Estes encontros se replicarão em municípios como Chirigodó e Carepa, durante as atividades do mês da mulher, organizadas pelo sindicato.
“Nesta mesma sexta-feira 8 de março, fomos a uma reunião na Prefeitura. O prefeito ofereceu o seu apoio às atividades com perspectiva de gênero, promovidas pelo Sintrainagro em Apartadó. Foi um reconhecimento muito positivo”, destacou Adela.
Com relação à realidade das mulheres trabalhadoras rurais, a dirigente apontou que, se por um lado houve avanços nas políticas de gênero, há questões que são intrínsecas da sociedade patriarcal e, portanto, mais difíceis de eliminar.
“Independentemente de algumas conquistas, como a contratação obrigatória de pelo menos duas mulheres por fazenda, conquistas estas estabelecidas em convenção coletiva, precisamos de muito mais gente participando das campanhas que promovam o fim do assédio moral e sexual na região”.
A dirigente ressaltou que se deve aumentar a participação de fato das trabalhadoras nos ambientes de negociação e de decisão.
“É preciso que as próprias organizações sindicais se abram à participação real das mulheres. Somente dessa forma poderemos atuar e mexer em estruturas historicamente discriminatórias e que coisificam as mulheres”, concluiu.