Mundo | SINDICATOS | ALIMENTAÇÃO

Dia Mundial da Alimentação 2020

A Covid-19 revela impactantes desigualdades nos sistemas de alimentação mundiais

Categorizadas como trabalhadores e trabalhadoras essenciais devido à pandemia, as pessoas que trabalham na agricultura e na produção de alimentos, muitas delas migrantes, continuaram trabalhando para abastecer a população do mundo inteiro, terminando por se posicionarem na linha de frente de contágio pela Covid-19.
Imagem: ARES

Entretanto, não ganham o suficiente para se alimentarem adequadamente, ou seja, tanto eles como os seus familiares sofrem de insegurança alimentar crônica.

Em 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, a UITA promoveu um enfoque sindical baseado nos direitos humanos para que trabalhadoras e trabalhadores desse setor sejam a base das políticas mundiais de segurança alimentar.

Devem ser reconhecidos como fundamentais para a segurança alimentar mundial e para que haja redes de fornecimento de alimentos resilientes.

Devem usufruir dos mesmos direitos trabalhistas e humanos considerados para a população trabalhadora da indústria e do comércio.

“A pandemia da Covid-19 confirmou que se por um lado os trabalhadoras e trabalhadores dos setores agrícolas e da alimentação são essenciais, por outro são tratados como prescindíveis”, considerou Anja Westberg, presidenta do Grupo GPTA da UITA.

“A pandemia tem que gerar um ponto de inflexão. Não devemos retornar às péssimas condições de vida e de trabalho, nem ao emprego precário, como antes da pandemia”, acrescentou.

Nesse mesmo sentido, o relator especial da ONU sobre o direito da alimentação, Michael Fakhri, enfatizou que se deveria “priorizar sempre a garantia do sustento e do bem-estar das trabalhadoras e dos trabalhadores agrícolas e da alimentação, assim como tratá-los sempre como essenciais, o que, de fato, são”.